A união de gêmeos homozigóticos é causada por alguma anormalidade na divisão celular durante a formação do embrião. Sabe-se que uma das possíveis causas é a divisão tardia do ovo, uma vez que, quanto mais cedo o ovo se divide em dois, mais perfeitos os gêmeos serão. Quando essa divisão ocorre após os 12 dias de gestação, a chance de produzir órgãos e partes do corpo compartilhadas é ainda maior.
Os gêmeos siameses podem ser classificados em diversos tipos diferentes de acordo com a região do corpo pela qual são ligados. Os cefalópagos são unidos pela cabeça, os dicéfalos têm o corpo unido com duas cabeças separadas, os teracópagos são ligados pelo tórax, os raquípagos têm suas costas grudadas, os pigópagos são coligados pelas nádegas, entre outros tipos.
O compartilhamento de órgão e tecidos entre os gêmeos siameses se dá em vários níveis diferentes. Existem casos em que há a possibilidade de separá-los por meio de cirurgia e garantir a sobrevivência de ambos. Em outras situações, seria possível a separação cirúrgica, porém, um dos irmãos necessariamente seria sacrificado. Em outros casos, ainda, não há como separá-los porque os levaria à morte. Isso tem sido tema de grades debates entre religiosos e médicos, devido às questões morais e culturais envolvidas.
O termo “gêmeos siameses” foi estabelecido como referência aos irmãos Chang e Eng, que nasceram em 1811 no antigo Sião, território da Tailândia atualmente. Eles eram ligados pela região torácica, se tornaram artistas circenses e ficam conhecidos como “os irmãos siameses”. Ganharam a vida se apresentando em circos em todo o mundo, moraram nos Estados Unidos, se casaram com duas irmãs e morreram aos 63 anos.
Esse tipo de gêmeo também pode ser chamado de teratópago, no entanto, esse termo vem sendo inutilizado devido ao seu significado negativo. A palavra do teratópago vem do grego teras, monstro, e pagos, unido. Por isso, é preferível usar as expressões gêmeos siameses ou gêmeos unidos.
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