sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Energia Geotérmica

A energia geotérmica se caracteriza pelo calor proveniente da Terra, é a energia calorífera gerada a menos de 64 quilômetros da superfície terrestre, em uma camada de rochas, chamada magma, que chega a atingir até 6.000°C. Geo significa terra e térmica corresponde a calor, portanto, geotérmica é a energia calorífica oriunda da terra.

O magma resulta das tremendas pressões abaixo da superfície e do calor gerado pela decomposição de substâncias radioativas, como o urânio e o tório. Encontrando fissuras na crosta terrestre, o magma explode em erupções vulcânicas, ou os gases liberados com o seu resfriamento aquecem águas subterrâneas que afloram na forma de gêiseres ou minas de água quente.

A energia elétrica pode ser obtida através da perfuração do solo em locais onde há grande quantidade de vapor e água quente, estes devem ser drenados até a superfície terrestre por meio de tubulações específicas. Em seguida o vapor é transportado a uma central elétrica geotérmica, que irá girar as lâminas de uma turbina. Por fim, a energia obtida através da movimentação das lâminas (energia mecânica) é transformada em energia elétrica através do gerador.




 Os aspectos positivos desse tipo de energia são:
A emissão de gases poluentes (CO2 e SO2) é praticamente nula, não intensificando o efeito de estufa, diferentemente dos combustíveis de origem fóssil.
A área necessária para a instalação da usina é pequena.
Pode abastecer comunidades isoladas.

Os aspectos negativos:
É uma energia muito cara e pouco rentável, pois necessita de altos investimentos estruturais e sua eficiência é baixa.
Pode ocasionar o esgotamento do campo geotérmico.
O calor perdido aumenta a temperatura do ambiente.
Ocorre a emissão de ácido sulfídrico (H2S), extremamente corrosivo e nocivo à saúde.

Brucelose

Também conhecida como febre de Malta, de Gilbratar, febre mediterrânea, ou febre ondulante, a brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria Brucella – Brucella abortus (gado), Brucella suis (suínos), Brucella melitensis (caprinos), Brucella cannis (menos comum) – transmitida dos animais para os homens. A infecção ocorre quando eles entram em, contato direto com animais doentes ou ingerem leite não pasteurizado, produtos lácteos contaminados (queijo e manteiga, por exemplo) carne mal passada e seus subprodutos.
O risco de contrair a infecção é maior no caso de homens adultos que trabalham com a saúde, criação e manejo de animais ou nos abatedouros e casas de carne. No entanto, mulheres e crianças também podem ser infectadas, assim como é possível a transmissão vertical da enfermidade da mãe para o feto.
A brucelose humana é considerada uma doença profissional pelos órgãos da Saúde Pública.
Sintomas
O período de incubação pode variar de 5 dias até vários meses.
Na forma aguda, de evolução insidiosa, os sintomas podem ser confundidos com os da gripe: febre intermitente/recorrente/ondulante, sudorese noturna (suor com cheiro de palha azeda), calafrios, fraqueza, cansaço, inapetência, dor de cabeça, no abdômen e nas costas.
Na forma crônica, os sintomas retornam mais intensos. Os mais característicos são: febre recorrente, grande fraqueza muscular, forte dor de cabeça, falta de apetite, perda de peso, tremores, manifestações alérgicas (asma, urticária, etc.), pressão baixa, labilidade emocional, alterações da memória.
Brucelose é uma doença sistêmica que, nos quadros mais graves, pode afetar vários órgãos, entre eles o sistema nervoso central, o coração, os ossos, as articulações, o fígado, o aparelho digestivo.
Diagnóstico
Levantamento pormenorizado da história do paciente e avaliação clínica criteriosa são fundamentais para chegar ao diagnóstico. Exames de laboratório, como o hemograma, os testes de cultura para isolamento da bactéria no sangue, na medula óssea e em outros tecidos e as provas sorológicas também são muito úteis para estabelecer o diagnóstico.
Tratamento e prevenção
Não existe vacina contra a brucelose humana. A prevenção da doença depende diretamente do controle e erradicação da bactéria nos animais. Nesse sentido, são medidas importantes os cuidados com a higiene pessoal, com os utensílios de trabalho, com o preparo e escolha dos alimentos, principalmente da carne e subprodutos e do leite (que deve ser pasteurizado ou fervido) e seus derivados.
O tratamento da brucelose tem como base a associação de antibióticos (tetraciclina, gentamicina, doxiciclina) e deve ser mantido por seis semanas.
Durante as crises da doença aguda, o paciente deve permanecer em repouso e bem hidratado.
Recomendações
* O abate sanitário do rebanho é a única forma de eliminar os focos de brucelose;
* A doença é uma zoonose de distribuição universal e as medidas de prevenção são as mesmas em todos os lugares;
* Os profissionais devem usar roupas, luvas e sapatos adequados, se o trabalho oferecer algum risco para a infecção.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Primeira lei da termodinâmica

A primeira lei da termodinâmica é uma versão da lei de conservação da energia. Também conhecido como Princípio de Joule, este postulado admite que diversas formas de trabalho podem ser convertidas umas nas outras, elucidando que a energia total transferida para um sistema é igual à variação de sua energia interna, ou seja, em todo processo natural, a energia do universo se conserva sendo que a energia do sistema quando isolado é constante. Observa-se também a equivalência entre trabalho e calor, onde constatou-se que a variação Q - W é a mesma para todos os processos termodinâmicos.


Descrição

Termodinamica é o ramo da física que estuda as leis que regem as relações entre trabalho, calor e energia térmica, geralmente tratada como a energia interna dos sistemas. A termodinâmica está preocupada com a modelagem matemática do mundo real, sendo que os conceitos centrais neste estudo servem para caracterizar um sistema termodinamicamente em equilíbrio, sendo que Pressão, Temperatura e Volume são variáveis mensuráveis macroscopicamente e determinam o estado de equilíbrio termodinâmico. A primeira declaração explícita da primeira lei da termodinâmica, dada por Rudolf Clausius em 1850, refere-se a processos termodinâmicos cíclicos. Sempre que o trabalho for produzido pelo órgão gerador de calor, certa quantidade desta energia é consumida, que é proporcional ao trabalho realizado; por outro lado, por o gasto de uma quantidade igual de trabalho a mesma quantidade de calor é produzida.
Clausius descreveu a primeira lei de outra forma, referindo-se a existência de uma função do estado do sistema chamada energia interna (U), expressa em termos de uma equação diferencial para os estados de um processo termodinâmico. Esta equação pode ser traduzido em palavras como se segue:
"Em um processo termodinâmico fechado, a alteração da energia interna do sistema é igual à diferença entre o alteração do calor acumulado pelo sistema e da alteração do trabalho realizado".
A energia interna é a soma das energias cinética e potencial de todas as partículas que constituem este sistema. Por esta razão, é considerada uma propriedade do sistema, depende somente do estado inicial e estado final do processo. Ainda, quanto maior a taxa de calor que está sendo transferida a determinado sistema, maior será sua energia interna. Assim, temos:
Q > 0, quando o sistema recebe calor
Q < 0, quando o sistema perde calor
Desta forma, quanto maior a energia interna de um sistema, maior será seu potencial para a realização de trabalho, sendo que convenciona-se que W>0, quando o sistema se expande e perde energia para o meio externo e W<0, quando o sistema se contrai e recebe energia do meio externo.
Termodinamicamente, se o estado de um sistema muda, então ele está passando por um processo. A sucessão de estados através da qual passa o sistema define o caminho do processo. Se, no final do processo, as propriedades tiverem regressado aos seus valores iniciais, o sistema foi submetido a um processo cíclico. A equação que descreve a relação entre a pressão, volume e temperatura é dada por
 PV=nRT
onde: n é o número de mols e R é a constante universal dos gases, R = 8,31 J/mol.K


                                                   Formulação Matematica


Mudanças no estado de um sistema são produzidas pela interação com o ambiente através de calor e trabalho. A Lei zero da termodinâmica define temperatura, enquanto a Primeira Lei define a função de estado Energia Interna. Podemos simplificar dizendo que existe uma função U (energia interna) cuja variação durante uma transformação depende unicamente de dois estados, o inicial e o final. Num sistema fechado a indicação desta variação é dada como:
\boldsymbol{\Delta U}=\boldsymbol{\ Q} - \boldsymbol{\ W}
Na equação acima, convencionou-se Q positivo quando é acrescida energia ao sistema e negativo quando retirada; do mesmo modo, a energia interna diminui se for cedida energia para a vizinhança sob a forma de trabalho W, ou seja, se o sistema realizar trabalho.
  • Para o cálculo de trabalho (W)
dW = F . dx
onde, F = pressão (p) . área (A)
dW = (p . A)dx
dW = p .(Adx)
dW = p . dV
onde p é a pressão e dV, volume na forma infinitesimal.
Pelo cálculo da integral,
W = \int_{Vi}^{Vf} p\, dV
Para o cálculo do calor (Q)
Q = m . c. (T_f - T_i)
onde, c é o calor específico, m é a massa e T temperatura
Quando a mudança de estado físico, temos
Q = m.L
onde, m é massa e L é calor de transformação (específico a cada substância)
Podemos transferir energia para dentro ou para fora do sistema, seja sob forma de calor ou pela forma de trabalho. Suponhamos que o sistema esteja em um estado inicial i e realiza trabalho, expandindo-se. Este trabalho mecânico diminui a energia interna do sistema, então:
\Delta U = -W
Podemos também variar o estado do sistema colocando-o em contato térmico com outro sistema cuja temperatura esteja diferente. Assim, há certa quantidade de energia em trânsito, que se desloca do sistema de maior valor Q para o menor, fazendo com que haja um aumento da energia interna do sistema inicialmente com menor quantidade de energia. Assim,
\Delta U = Q
Casos Especiais


  • Processos Adiabáticos: Processo em que não há troca de calor com o meio externo, Q = 0. A variação da energia interna se deve ao trabalho pelo sistema. Exemplo: desodorante aerossol e champagne.

    • Processos a Volume Constante: Também chamado processo isocórico, o sistema não realiza trabalho, W = 0. A variação da energia interna depende da diferença de temperatura.
    • Processos Cíclicos: A energia interna não varia porque obtém volume, pressão e temperatura iguais no estado inicial e final. O trabalho será negativo e corresponde à área dentro da figura. Por convenção: +W quando se desloca no sentido horário e -W quando desloca-se no sentido anti-horário.
    • Expansões Livres: A temperatura não varia (transformação isotérmica). Ocorre uma ocupação de um espaço antes no vácuo, então trabalho e calor iguais à zero.
    Representação do ciclo de Stirling
    Diagrama de pressão do gás em função de Seu volume


    No segmentos \overline {AB} e \overline{CD} são processos isotérmicos (temperatura T constante). Já os segmentos \overline{BC} e \overline{DA} são processos isovolumétricos (volume V constante), sendo que a energia interna do sistema varia somente pela troca de calor com as vizinhanças do sistema
    Em resumo
    AdiabáticoQ = 0 , \Delta U = - W
    V constanteW = 0 , \Delta U = Q
    Cíclicos\Delta U = 0 , Q = W
    Expansões LivresQ = W = 0, \Delta U = 0



    Historia

    A primeira lei da termodinâmica para sistemas fechados foi originalmente comprovada pela observação empírica; no entanto, é hoje considerado como a definição de calor através da lei da conservação da energia e da definição de trabalho em termos de mudanças nos parâmetros externos de um sistema. A descoberta original da lei foi gradual ao longo de um período de talvez meio século ou mais.
    Em meados do século XIX, um dos assuntos mais intrigantes aos cientistas da época era a transformação de calor em movimento através das máquinas térmicas. Neste período, ocorria a Revolução Industrial na Inglaterra e as máquinas térmicas a vapor foram as grandes responsáveis por parte do seu sucesso. O princípio dessas máquinas era bastante simples: aquecendo um gás ele se expandia. Em 1763, o escocês James Watt percebeu que havia um grande desperdício de vapor, que custava dinheiro e diminuía os lucros das indústrias. Entretanto, acredita-se que a primeira máquina térmica seja datada de 50 d.C e desenvolvida por Héron de Alexandria. Héron, descobriu que o ar se expandia quando aquecido, e assim, poderia utilizá-lo para produzir força mecânica. O grande Leonardo da Vinci também usou o vapor d'água para produzir movimentos.
    Preocupado em aperfeiçoar as máquinas térmicas, o cientista francês Sadi Carnot (1796-1832), desenvolveu, em 1824, a teoria que explicava o rendimento de uma máquina, ou seja, quanto de calor a máquina transformava em trabalho. Ele então desenvolveu um modelo teórico para as máquinas térmicas e descobriu qual deveria ser a maneira mais eficiente de transformar calor em movimento. À esse modelo teórico, deu-se o nome de Máquina de Carnot.
    O estabelecimento do princípio da conservação de energia também ocorreu no século XIX, em estudos da termodinâmica. Nessa época, já se sabia que o calor poderia ser gerado pelo atrito (energia mecânica), eletricidade e reações químicas. Por volta de 1840, o físico inglês Joule(1818-1889) em seus estudos, procurou quantificar a energia mecânica necessária que equivalesse à uma caloria. Em sua homenagem, atribuiu-se o seu nome à unidade de energia, Joule [J]. 1J = 4,186cal.
    Em 1848,o engenheiro, físico e matemático William Thomson, também conhecido como Lorde Kelvin, publicou um artigo fundamentado na teoria de Carnot. Nele, buscou a equivalência entre a escala dos gases ideais e a escala termodinâmica, desenvolvendo uma escala cujas referências eram os pontos fixos: zero absoluto (0) e a temperatura do gelo fundente (273,16). Essa escala é utilizada até hoje e, em sua homenagem, sua unidade no SI é Kelvin [K].
    Baseados nos trabalhos de Joule e um outro cientista, denominado Mayer, Rudolf Clausius e Lorde Kelvin, em 1850, desenvolveram a Primeira e a Segunda Lei da Termodinâmica. Isso, mudaria completamente a compreensão do calor como forma de energia e ampliou o campo de atuação da termodinâmica

    Heminteros Fitofagos

    A Ordem Hemiptera contém várias espécies de insetos, chamados percevejos e barbeiros. Os hábitos alimentares dessas espécies são bastante variáveis, sendo que algumas alimentam-se da seiva das plantas (fitófagos), outras são predadoras de outros artrópodes e outras são hematófagas, isto é, sugam o sangue do hospedeiro. Algumas espécies hematófagas são chamadas barbeiros e podem transmitir a doença de chagas para o homem. O percevejo de cama também é hematófago e não transmite qualquer tipo de doença, a não ser provocar alergias na pele do hospedeiro. Os hemípteros fitófagos e predadores são denominados percevejos. Os percevejos predadores, caso haja escassez de presas, podem se alimentar de plantas.

    Existem ainda hemípteros aquáticos. A barata d´água é um exemplo.

    Os ovos de algumas espécies de percevejos, geralmente têm forma de barril e são postos em grupos. Usualmente as fêmeas depositam-nos em cortinas, janelas e outros objetos domésticos. Destes ovos eclodem pequenas ninfas, que normalmente são coloridas, ficando por um tempo agrupadas.
    A maior preocupação para as pessoas é diferenciar um barbeiro de um percevejo. Para tanto, existem algumas características que um leigo pode verificar, mas caso haja dúvidas, deve-se procurar a ajuda de uma instituição científica ou posto de saúde.

    CARACTERÍSTICAS QUE DISTINGUEM PERCEVEJOS FITÓFAGOS, PREDADORES E HEMATÓFAGOS
    Percevejo fitófago – o aparelho bucal que consta de um rostro fino e comprido que surge da parte anterior da cabeça e prolonga-se por entre os primeiros e segundo pares de pernas.

    Rostro longo

    Percevejo Fitófago
    Percevejo predador – o rostro, que também surge da parte da anterior da cabeça é curto e curvo e não ultrapassa o primeiro par de pernas.

    Rostro curvo e curto

    Percevejo Predador
    Barbeiro – o rostro surge da parte anterior da cabeça, é reto, curto e também não ultrapassa o primeiro par de pernas.

    Rostro curto e reto

    Barbeiro

    quarta-feira, 5 de agosto de 2015

    Como Funciona um Helicoptero

    As pás que compõem a hélice de um helicóptero não são retas. A parte superior delas é curvada, assim como as asas de um avião. Ao girar, essa estrutura faz com que o ar se movimente mais rapidamente na parte de cima da pá, diminuindo assim a pressão que o ar exerce sobre essa região.
    Porém, o ar continua exercendo uma pressão maior na parte de baixo, empurrando a aeronave para cima. Esse é o mesmo princípio que faz com que um avião voe. A diferença é que, enquanto o avião precisa se locomover para decolar, o helicóptero gira suas “asas” rapidamente para que elas interajam com o ar.

    Os controles básicos de um helicóptero

    Helicópteros possuem muitos movimentos. Ao contrário dos aviões, eles podem voar para trás e até mesmo parar no ar, girando em torno do próprio eixo. Para isso, pilotos dispõem de três comandos principais.

    Controle coletivo

    Esse é o comando responsável por fazer o helicóptero decolar. O controle coletivo é uma alavanca que fica ao lado da poltrona do piloto e que pode ser movimentada para cima ou para baixo. Ao fazer isso, o coletivo altera o ângulo de atuação das pás do rotor principal, fazendo com que elas criem mais ou menos pressão e, assim, controlem a altitude da aeronave.
    Além disso, o coletivo também pode ser operado de maneira similar à de um acelerador de motos, controlando assim a velocidade da hélice principal.

    Controle cíclico

    O cíclico é responsável por movimentar o helicóptero em quatro direções: frente, trás, esquerda e direita. Normalmente, ele fica posicionado entre as pernas do piloto, que deve simplesmente empurrá-lo para a direção que deseja se mover. Isso faz com o disco do rotor principal se incline, aliviando assim a pressão exercida em uma determina região da hélice.
    Se o cíclico é impulsionado para a esquerda, por exemplo, uma pressão maior será aplicada à direita da aeronave, fazendo com que ela vá para o outro lado.

    Pedais

    A Terceira Lei de Newton diz que para toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Por isso, quando a hélice do rotor principal começa a girar, o corpo do helicóptero tende a girar para o sentido contrário. Esse movimento é conhecido como torque.
    O rotor de cauda evita que o torque comprometa o voo da aeronave e, com isso, fornece ao piloto as condições necessárias para rotacionar o helicóptero em torno de seu próprio eixo. Dessa forma, ao pisar no pedal da direita, por exemplo, o piloto faz com que o nariz da aeronave se movimente para a mesma direção.

    Tato

    O tato  é um dos cinco sentidos. O órgão responsável por esse sentido é o maior órgão do corpo humano: a pele. Os mecanismos responsáveis pelo tato estão na segunda camada da pele, a derme. O tato é o primeiro sentido a se desenvolver no embrião humano.

    Na pele existem diversos tipos de receptores de estímulos táteis. São esses receptores que recebem e transmitem ao cérebro a sensação de toque. Alguns desses receptores são terminações nervosas livres, que reagem a estímulos mecânicos, químicos e térmicos, sobretudo os dolorosos.

    Outros receptores são organizados em forma de corpúsculos, ou seja, são células especializadas que estão em contato com terminações nervosas. Os corpúsculos sensoriais podem ser mecanorreceptores ou termoreceptores.
    Mecanorreceptores são responsáveis pela percepção do toque:

    • Corpúsculos de Meissner - percepção de pressões de freqüência diferente.
    • Discos de Merkel – percepção de movimentações e pressões leves.
    • Corpúsculos de Vater - Pacini – percepção de pressões. Presentes em grande número na ponta dos dedos.
    • Corpúsculos de Ruffini - percepção de distensões na pele e calor.
    • Termorreceptores - são responsáveis pela percepção do calor e do frio, e reagem de acordo ao estimulo externo, seja ele frio ou quente.
    Para impedir a sensação de dor durante uma intervenção cirúrgica, um tratamento dentário ou exames invasivos, é usada a anestesia, que pode ser geral (estado de inconsciência); regional, ou peridural (aplicada próximo a medula, sendo que o paciente pode ficar acordado ou não); ou local (apenas na região onde ocorrerá a intervenção). Em qualquer dos casos, a anestesia impede que os impulsos nervosos gerados pelos receptores da dor sejam transmitidos pelos nervos, não chegando, dessa forma, ao cérebro.
    O alfabeto Braile, que permite que deficientes visuais leiam por meio do tato, foi criado considerando a capacidade existente na polpa dos dedos de perceber, de uma só vez, cerca de seis impressões táteis.
    As partes do corpo mais sensíveis ao toque são as mãos, os dedos dos pés, o rosto, lábios, língua e região genital, tanto masculina quanto feminina.

    quarta-feira, 29 de julho de 2015

    Astigmatismo

    Astigmatismo é uma deficiência visual, causada pelo formato irregular da córnea ou do cristalino, formando uma imagem em vários focos que se encontram em eixos diferentes. Uma córnea normal é redonda e lisa. Nos casos de astigmatismo, a curvatura da córnea é mais ovalada, como uma bola de futebol americano. Este desajuste faz com que a luz se refracte por vários pontos da retina em vez de se focar em apenas um. Para as pessoas que sofrem de astigmatismo, todos os objetos, próximos ou distantes, ficam distorcidos. As imagens ficam embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e outros não. A -sensação é parecida com a distorção produzida por um pedaço de vidro ondulado.
    O astigmatismo é hereditário e pode ocorrer em conjunto com a hipermetropia ou presbiopia. Um astigmatismo ligeiro pode desenvolver-se ao longo dos anos, devido à alteração da curvatura da córnea, provocada pelos milhares de pestanejamentos diários. Pessoas que sofrem de astigmatismo podem corrigir sua visão com o uso de uma lente oftálmica chamada tórica ou cilíndrica (que faz com que os raios de luz se concentrem em um plano único), em óculos ou lentes de contato. Podem, ainda, se valer de cirurgia a laser ou do procedimento conhecido como ceratotomia astigmática.
    Tipos de Astigmatismo
    Os tipos de astigmatismo baseado na estrutura assimétrica:
    • Astigmatismo corneal - devido a córnea de formato irregular.
    • Astigmatismo lenticular - devido a lentes de formato irregular.
    Tipos de astigmatismo baseado nos meridianos principais:
    • Astigmatismo regular.
    • Astigmatismo irregular.
    Tipos de astigmatismo baseado no foco dos meridianos principais:
    • Astigmatismo simples complexo.
    • Astigmatismo hipermetro
    • Astigmatismo miópico simples.
    • Astigmatismo composto.
    • Astigmatismo hipermetrope composto.
    • Astigmatismo miópico composto.
    • Astigmatismo misto e rápido.
    • Astigmatismo contra a regra.

    Foco de lentes astigmáticas em diferentes condições.

     Sinais e sintomas

    O astigmatismo brando pode ser assintomático, já o astigmatismo mais intenso pode causar sintomas como visão desfocada, astenopia, fadiga ou dores de cabeça.

    Tratamento

    O astigmatismo pode ser corrigido com óculos de grau, lentes de contato ou cirurgia refrativa. Várias considerações envolvendo a saúde ocular, status refrativo e estilo de vida frequentemente determinam se uma opção é melhor que a outra:
    • Óculos em geral são a opção mais segura.
    • Nas pessoas com ceratocone, lentes de contato rígidas de gás permeável geralmente permitem que o paciente atinja uma melhor acuidade visual em relação aos óculos de grau. Lentes gelatinosas podem não ser tão efetivas.
    • A cirurgia, especialmente para pessoas que têm olhos secos ou outras condições que as proíbem de usar lentes corretivas cansativas, pode ser a solução mais adequada. O tipo mais comum de cirurgia para corrigir o astigmatismo é o LASIK (laser in situ keratomileusis): utilizando uma pequena lâmina (cerátomo) é feita uma pequena incisão na superfície do olho para fundar uma pequena ponta de tecido para cima a qual é erguida. Um feixe de laser é usado para corrigir a curvatura irregular vista no astigmatismo. A ponta é substituída e a recuperação é normalmente rápida e indolor. O uso da cirurgia LASIK para tratar astigmatismo de até 4 dioptrias é recomendável somente como parte de um procedimento combinado para tratar miopia/astigmatismo.
    Usa-se lentes cilindricas.
    Se o astigmatismo é causado por um problema de deformação do globo ocular devido a um calázio, o tratamento da condição irá resolver o astigmatismo.

    Vitiligo

    Vitiligo é uma doença não-contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele. Patologicamente, o vitiligo caracteriza-se pela redução no número ou função dos melanócitos, células localizadas na epiderme responsáveis pela produção do pigmento cutâneo — a melanina. A doença pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum em duas faixas etárias: 10 a 15 anos e 20 a 40 anos. Contudo, estresse físico, emocional, e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento ou agravamento da doença.
    Essa despigmentação ocorre geralmente em forma de manchas brancas (hipocromia) de diversos tamanhos e com destruição focal ou difusa. Pode ocorrer em qualquer segmento da pele, inclusive na retina (olhos). Os locais mais comuns são a face, mãos e genitais. Os pelos localizados nas manchas de vitiligo se tornam esbranquiçados. O local atingido fica bastante sensível ao sol, podendo ocorrer sérias queimaduras caso exposto ao sol sem protetor, conferindo um risco para o desenvolvimento de câncer de pele.
    A princípio, o vitiligo é um distúrbio crônico. Existem vários tipos clínicos de vitiligo, cada qual com prognóstico próprio. Porém, dependendo do seu tipo clínico, pode haver regressão espontânea ou a partir de tratamento médico. O vitiligo pode permanecer focal indefinidamente ou se generalizar.

    Tratamento
    Existem inúmeras opções terapêuticas para o vitiligo, a saber: corticosteroides, imunomoduladores, helioterapia, PUVA e enxertos cirúrgicos. Esteroides têm sido usados para remover as manchas brancas, porém não são muito eficientes. Outro tratamento mais radical é tratar quimicamente para remover todo o pigmento da pessoa para que a pele fique mais uniforme.
    As terapias psicológicas também têm mostrado bons resultados, uma vez que há uma ligação intrínseca entre estresse e a saúde da pele.

    quarta-feira, 22 de julho de 2015

    Usinas Termoelétricas

    usina termoelétrica é uma instalação industrial que produz energia a partir do calor gerado pela queima de combustíveis fósseis (como carvão mineral, óleo, gás, entre outros) ou por outras fontes de calor (como a fissão nuclear, em usinas nucleares).
    Há vários tipos de usinas termelétricas, sendo que os processos de produção de energia são praticamente iguais porém com combustíveis diferentes. Alguns exemplos são:
    • Usina a óleo;
    • Usina a carvão;
    • Usina nuclear; e
    • Usina a gás: usa gás natural como o combustível para alimentar um turbina de gás. Porque os gases produzem uma alta temperatura atraves da queima, e são usados para produzir o vapor

    Essas usinas funcionam da seguinte maneira:
    Primeiramente aquece-se uma caldeira com água, essa água será transformada em vapor, cuja a força irá movimentar as pás de uma turbina que por sua vez movimentará um gerador.
    Uma maneira de se aquecer o caldeirão é através da queima de combustíveis fósseis (óleo, carvão, gás natural). Após a queima eles são soltos na atmosfera  causando grandes impactos ambientais.
    Uma outra maneira de aquecimento é utilizando a energia nuclear, através de reações nucleares como a quebra (ou fissão) do urânio.

    Usina Nuclear é um tipo de termoelétrica. Ilustração: US NRC.gov [adaptado]
    Usina Nuclear é um tipo de termoelétrica.








    Após o vapor ter movimentado as turbinas ele é enviado a um condensador para ser resfriado e transformado em água líquida para ser reenviado ao caldeirão novamente, para um novo ciclo. Esse vapor pode ser resfriado utilizando água de um rio, um lago ou um mar, mas causa danos ecológicos devido ao aquecimento da água e consequentemente uma diminuição do oxigênio. Outra maneira de resfriar esse vapor é utilizando água armazenada em torres, por sua vez esta água é enviada em forma de vapor a atmosfera, alterando o regime de chuvas.


    Um dos maiores problemas das usinas termoelétricas é a grande contribuição que elas têm com o aquecimento global através do efeito estufa e de chuvas ácidas, devido a queima de combustíveis. No caso das usinas termoelétricas de Angra dos Reis que usam como fonte de calor energia nuclear, além da poluição térmica ainda existe o problema do lixo atômico.

    Mas estas usinas não têm só desvantagens, as vantagens delas é que podem ser construídas próximas a centros urbanos, diminuindo as linhas de transmissões e desperdiçando menos energia. Também são usinas que produzem uma quantidade constante de energia elétrica durante o ano inteiro, ao contrário das hidrelétricas, que tem a produção dependente do nível dos rios. No Brasil, as térmicas complementam a matriz energética de hidrelétricas, sendo ligadas apenas quando há necessidade (como em períodos de estiagem).

    Referencias: Info Escola Só Biologia

    terça-feira, 21 de julho de 2015

    Gêmeos siameses

    No processo de reprodução humana, um único zigoto pode dar origem a dois ou mais indivíduos, que terão o mesmo sexo uma aparência física idêntica: os gêmeos homozigóticos ou univitelinos. No entanto, em alguns casos raros, esses gêmeos homozigóticos podem nascer ligados um ao outro por alguma parte do corpo sendo, por isso, conhecidos como gêmeos siameses ou gêmeos unidos.

    A união de gêmeos homozigóticos é causada por alguma anormalidade na divisão celular durante a formação do embrião. Sabe-se que uma das possíveis causas é a divisão tardia do ovo, uma vez que, quanto mais cedo o ovo se divide em dois, mais perfeitos os gêmeos serão. Quando essa divisão ocorre após os 12 dias de gestação, a chance de produzir órgãos e partes do corpo compartilhadas é ainda maior.
    Os gêmeos siameses podem ser classificados em diversos tipos diferentes de acordo com a região do corpo pela qual são ligados. Os cefalópagos são unidos pela cabeça, os dicéfalos têm o corpo unido com duas cabeças separadas, os teracópagos são ligados pelo tórax, os raquípagos têm suas costas grudadas, os pigópagos são coligados pelas nádegas, entre outros tipos.
    O compartilhamento de órgão e tecidos entre os gêmeos siameses se dá em vários níveis diferentes. Existem casos em que há a possibilidade de separá-los por meio de cirurgia e garantir a sobrevivência de ambos. Em outras situações, seria possível a separação cirúrgica, porém, um dos irmãos necessariamente seria sacrificado. Em outros casos, ainda, não há como separá-los porque os levaria à morte. Isso tem sido tema de grades debates entre religiosos e médicos, devido às questões morais e culturais envolvidas.

    O termo “gêmeos siameses” foi estabelecido como referência aos irmãos Chang e Eng, que nasceram em 1811 no antigo Sião, território da Tailândia atualmente. Eles eram ligados pela região torácica, se tornaram artistas circenses e ficam conhecidos como “os irmãos siameses”. Ganharam a vida se apresentando em circos em todo o mundo, moraram nos Estados Unidos, se casaram com duas irmãs e morreram aos 63 anos.

    Esse tipo de gêmeo também pode ser chamado de teratópago, no entanto, esse termo vem sendo inutilizado devido ao seu significado negativo. A palavra do teratópago vem do grego teras, monstro, e pagos, unido. Por isso, é preferível usar as expressões gêmeos siameses ou gêmeos unidos.

    quinta-feira, 16 de julho de 2015

    Vetores

    Determinado por um segmento orientado AB, é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB.
    Se indicarmos com este conjunto, simbolicamente poderemos escrever:

    onde XY é um segmento qualquer do conjunto.
    O vetor determinado por AB é indicado por  ou B - A ou .
    Um mesmo vetor  é determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse vetor, os quais são todos equipolentes entre si. Assim, um segmento determina um conjunto que é o vetor, e qualquer um destes representantes determina o mesmo vetor. Usando um pouco mais nossa capacidade de abstração, se considerarmos todos os infinitos segmentos orientados de origem comum, estaremos caracterizando, através de representantes, a totalidade dos vetores do espaço. Ora, cada um destes segmentos é um representante de um só vetor. Consequentemente, todos os vetores se acham representados naquele conjunto que imaginamos.
    As características de um vetor  são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o módulo, a direção e o sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus representantes.
    O módulo de  se indica por || .

    Soma de vetores
    Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por:
    v + w = (a+c,b+d)

    Propriedades da Soma de vetores

    Diferença de vetores
    Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por:
    v - w = (a-c,b-d)

    Produto de um número escalar por um vetor
    Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v como:
    c.v = (ca,cb)

    Propriedades do produto de escalar por vetor
    Quaisquer que sejam k e c escalares, v e w vetores: 

    Módulo de um vetor
    O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:

    Vetor unitário
    Vetor unitário é o que tem o módulo igual a 1.
    Existem dois vetores unitários que formam a base canônica para o espaço R², que são dados por:
    i = (1,0) j = (0,1)
    Para construir um vetor unitário u que tenha a mesma direção e sentido que um outro vetor v, basta dividir o vetor v pelo seu módulo, isto é:

    Observação:
    Para construir um vetor u paralelo a um vetor v, basta tomar u=cv, onde c é um escalar não nulo. Nesse caso, u e v serão paralelos:
    Se c = 0, então u será o vetor nulo.
    Se 0 < c < 1, então u terá comprimento menor do que v.
    Se c > 1, então u terá comprimento maior do que v.
    Se c < 0, então u terá sentido oposto ao de v.

    Decomposição de vetores em Vetores Unitários
    Para fazer cálculos de vetores em apenas um dos planos em que ele se apresenta, pode-se decompor este vetor em vetores unitários em cada um dos planos apresentados.
    Sendo simbolizados, por convenção, î como vetor unitário do plano x e como vetor unitário do plano y. Caso o problema a ser resolvido seja dado em três dimensões, o vetor utilizado para o plano z é o vetor unitário .
    Então, a projeção do vetor no eixo x do plano cartesiano será dado por , e sua projeção no eixo ydo plano será: . Este vetor pode ser escrito como:
    =(,), respeitando que sempre o primeiro componente entre parênteses é a projeção em e o segundo é a projeção no eixo y. Caso apareça um terceiro componente, será o componente do eixo z.
    No caso onde o vetor não se encontra na origem, é possível redesenhá-lo, para que esteja na origem, ou então descontar a parte do plano onde o vetor não é projetado.

    Produto escalar
    Dados os vetores u=(a,b) e v=(c,d) definimos o produto escalar entre os vetores u e v, como o número real obtido por:
    u.v = a.c + b.d

    Exemplos:
    O produto escalar entre u=(3,4) e v=(-2,5) é:
    u.v = 3.(-2) + 4.(5) = -6+20 = 14
    O produto escalar entre u=(1,7) e v=(2,-3) é:
    u.v = 1.(2) + 7.(-3) = 2-21 = -19

    Propriedades do produto escalar
    Quaisquer que sejam os vetores, u v e w e k escalar:

    Ângulo entre dois vetores
    O produto escalar entre os vetores u e v pode ser escrito na forma:
    u.v = |u| |v| cos(x)
    onde x é o ângulo formado entre u e v.
    Através desta última definição de produto escalar, podemos obter o ângulo x entre dois vetores genéricos u e v, como,
    desde que nenhum deles seja nulo.